domingo, 21 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Parabéns pelo SÉCULO de vida!


Lá diz aquela música:
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to

Notícia no Público.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1352708
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O desespero é tanto que a Medusa já recorre à mitologia...

10 mitos sobre a avaliação de desempenho docente
10 de Dez de 2008
Para prosseguir o esforço de esclarecimento e contrariar algumas ideias erradas relativas ao processo de avaliação de desempenho docente, o Ministério da Educação refuta 10 das noções erradas mais frequentes que surgem quando se discute este tema.

Mito 1 - É um processo muito pesado e burocrático.
Não. Os professores avaliados, cerca de 70% do total de professores, apenas intervêm no processo na definição dos seus objectivos individuais e na auto-avaliação. A definição dos objectivos, que inicia o processo de avaliação, segue as orientações de cada escola e é um processo semelhante ao adoptado em todas as organizações. É em função destes objectivos que cada avaliado preenche, no fim do ciclo avaliativo, a ficha de auto-avaliação. Os professores avaliadores têm um volume de trabalho maior, motivo pelo qual lhes foram atribuídas condições especiais de horário.
Mito 2 - A avaliação impede os professores de darem aulas.
Não, uma vez que os professores avaliados têm intervenções pontuais no processo, e os horários dos professores avaliadores já integram, regra geral, as horas necessárias ao exercício das actividades de avaliação. Além disso, eventuais necessidades adicionais de redução de horário, na sequência das recentes medidas de simplificação da aplicação do modelo de avaliação, poderão ser ultrapassadas por recurso ao pagamento de horas extraordinárias, de forma a evitar que os professores abandonem as suas turmas.
Mito 3 - O modelo de avaliação de desempenho docente não é exequível.
O modelo de avaliação está a ser aplicado em muitas escolas e milhares de professores já desenvolveram, no corrente ano lectivo, actividades associadas à concretização da avaliação. No entanto, face a dificuldades identificadas por escolas e professores, foram tomadas medidas que visam a melhoria das condições de concretização da avaliação.
Mito 4 - Os professores têm que organizar um portefólio exaustivo e complexo.
Não. A escola apenas deverá requerer que o professor reúna elementos decorrentes do exercício da sua profissão que não constem dos registos e dos sistemas de informação da escola e que sejam relevantes para a avaliação do seu desempenho. Aliás, no modelo de avaliação anterior, todos os professores já tinham de organizar um portefólio para poderem ser avaliados, constituindo este (juntamente com o relatório crítico de auto-avaliação) o único instrumento de avaliação.
Mito 5 - As escolas têm que registar o desempenho dos avaliados em instrumentos complexos.
Os instrumentos de registo de informação e indicadores de medida são definidos e elaborados nas escolas, no quadro da sua autonomia, devendo estes ser simples e claros. Nos casos em que tenham sido definidos procedimentos e instrumentos demasiado complexos, as direcções executivas das escolas devem garantir a sua simplificação, estando o Ministério da Educação a apoiar este trabalho junto de todas as escolas.
Mito 6 - Os professores avaliam-se uns aos outros.
A avaliação de desempenho docente é feita no interior da cada escola, sendo avaliadores os membros do órgão executivo e os professores coordenadores de departamento, que exercem funções de chefias intermédias. Não se trata, pois, de pares que se avaliam uns aos outros, mas de professores mais experientes, investidos de um estatuto específico, que lhes foi conferido pelo exercício de um poder hierárquico ou pela nomeação na categoria de professor titular.
Mito 7 - Os professores titulares não são competentes para avaliar.
Acederam à categoria de professor titular, numa primeira fase, aqueles que cumpriam critérios de experiência profissional, formação e habilitações considerados fundamentais para o exercício de funções de maior complexidade, como sejam a coordenação do trabalho, o apoio e orientação dos restantes docentes e a avaliação de desempenho. Assim, não é compreensível nem sustentável a ideia de que os cerca de 35 000 professores titulares que existem actualmente, seleccionados, por concurso, de entre os professores mais experientes, não tenham as competências necessárias ao exercício da função de avaliador.
Mito 8 - Avaliados e avaliadores competem pelas mesmas quotas.
Não. As percentagens definidas para a atribuição das menções qualitativas de Excelente e Muito Bom, em cada escola, são aplicadas separadamente aos diferentes grupos de docentes. Está assim, assegurada a atribuição separada de quotas a avaliadores e avaliados.
Mito 9 - A estruturação na carreira impede os professores de progredir.
Não. Todos aqueles que obtiverem a classificação de Bom (para a qual não existem quotas) podem progredir na carreira. Para além disso, é importante referir que, neste primeiro ciclo avaliativo, os efeitos de eventuais classificações negativas ficam condicionados ao resultado de uma avaliação a realizar no ciclo avaliativo seguinte. Ou seja, uma classificação negativa só terá consequências na carreira se for confirmada na avaliação seguinte.
Mito 10 - A avaliação de desempenho é injusta e prejudica os professores.
Este modelo não prejudica os professores, assegurando as condições para a progressão normal na carreira, incluindo o acesso à categoria de professor titular, para quem atinja a classificação de Bom, para a qual não existem quotas. Neste período transitório existe uma protecção adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classificações negativas. É, assim, mais vantajoso que o sistema em vigor para a administração pública.
http://www.min-edu.pt/np3/2948.html

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Suspensão da avaliação docente rejeitada por ausência da oposição

A votação da proposta do CDS-PP levou mesmo os democrata-cristãos a pedir uma recontagem ao presidente da Assembleia da República. Porém, recontados os votos, Jaime Gama anunciou que o texto foi chumbado com o voto contra de 101 deputados, os votos a favor de 80 deputados e uma abstenção. Ou seja, bastaria haver mais 22 deputados da oposição presentes na votação para o projecto ter sido aprovado, com 102 votos a favor.
Da bancada socialista estiveram ausentes na votação 13 deputados, reduzindo, assim, a maioria parlamentar para 101 votos que foram, no entanto, suficientes para chumbar o projecto do CDS-PP, isto porque do lado da oposição faltavam 35 deputados: em vez de 109 apenas 74 estavam presentes.
O PSD foi o partido que registou mais ausências, com 30 dos 75 deputados que formam a bancada a não estarem presentes hoje no Parlamento. Seguiram-se o CDS-PP com três dos 12 deputados a faltarem, o PCP, que não contou com a participação na votação de um dos seus 11 parlamentares, e o Partido Ecologista “Os Verdes” que esteve presente com um dos dois deputados que detém. O BE foi o único partido que teve os seus oito parlamentares todos presentes.
Mesmo que todos os 121 deputados do PS tivessem estado hoje presentes, como seis deles votaram a favor e um absteve-se, haveria possibilidade de aprovar o projecto do CDS-PP, se os 109 deputados da oposição estivessem igualmente no hemiciclo. O resultado seria, nesse caso, 115 votos a favor da suspensão da avaliação, 114 votos contra e uma abstenção.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1352251

Bem-hajam... por não fazerem os vosso trabalho, caros deputados!
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vai começar a bagunça dos concursos...

Atenção ao "Big Brother" que tudo quer saber e tudo quer controlar...
http://www.dgrhe.min-edu.pt/Portal/WebForms/Escolas/PDF/Concurso2008/DocumentacaoEscolas/NotaInformativa_VerificacaoCorreccaoDadosMISI.pdf

No sentido de assegurar a recolha de informação que permita, aos órgãos de gestão e Ministério da Educação, a definição adequada das vagas de quadro a prover nos diversos grupos de recrutamento de cada Agrupamento ou Escola não agrupada aquando do próximo Concurso de Docentes, é necessária a verificação e correcção da informação relativa a todos os docentes registados no Sistema de Informação do ME – MISI (através da exportação de dados de pessoal), sendo de especial importância garantir a correcção dos seguintes dados:
a) Categoria do docente;
i. Deverá ser indicada a categoria na qual o docente se insere, ou seja, Professor ou Professor Titular;
ii. No caso dos docentes nomeados na categoria de Professor Titular através de comissão de serviço, deve ser indicada a categoria de Professor;
b) Código de escola ou de QZP de provimento;
i. O código da escola ou QZP de provimento respeita ao quadro da escola ou QZP a que o docente verdadeiramente pertence em resultado de concurso de quadro, e não ao código da escola ou QZP onde está colocado;
ii. Relativamente aos docentes cuja escola de provimento tenha sido objecto de suspensão/extinção, fusão ou reestruturação, o código da escola de provimento corresponderá ao código da escola onde o docente foi colocado decorrente do processo de suspensão/extinção, fusão ou reestruturação da escola.
c) Código da escola onde exerce funções;
i. Deverá ser indicado o código da escola onde o docente efectivamente se encontra a leccionar.
d) Código do Grupo de Recrutamento;
i. O código do Grupo de Recrutamento é aquele em que o docente foi provido em resultado de concurso de quadro;
ii. Os docentes que exercem funções em Educação Especial mas não se encontram providos nos grupos de recrutamento de código 910, 920 e 930, devem ser referenciados nos grupos de recrutamento de origem.
e) Número de horas de Componente Lectiva;
i. Neste campo deverá ser indicado o total de horas leccionadas em contexto de sala de aula.
f) Número de horas de redução da componente lectiva
i. Todas as horas de redução da componente lectiva, incluindo as referentes ao art.º 79º do ECD, devem estar registadas na opção de Cargos/Outras situações.
Na plataforma de informação da MISI (em http://web01.misi.edu.pt), na área reservada às escolas encontra-se disponível um relatório com a distribuição dos docentes do quadro por código de escola/QZP de provimento. O relatório foi produzido com base nos dados exportados referentes a Novembro de 2008. Caso sejam detectadas incorrecções, deve a escola fazer as necessárias modificações no programa informático de gestão de pessoal e vencimentos da escola, de modo a que a exportação de dados relativa a Dezembro de 2008 seja feita com os dados correctos.
Todos os Agrupamentos e Escolas não agrupadas, independentemente da introdução ou não de correcções dos seus dados na aplicação da MISI, devem seguidamente aceder à aplicação disponível no endereço https://concurso.dgrhe.min-edu.pt/ConfirmacaoMISI, de modo a informar que os dados submetidos estão correctos.
Esta verificação e correcção deverá estar completa, impreterivelmente, até dia 10 de Dezembro de 2008.
DGRHE, 2 de Dezembro de 2008.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Calma...

Calma.... Relaxa... Dia 1 e 8 de Dezembro temos dois feriados... e logo à Segunda-feira!
Bem-hajas, Ramiro!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Conferência de Imprensa

Já se esperava... não suspendeu a avaliação!
Atirou com umas medidazecas, diz ela para simplificar, e logo fez surgir umas tantas dúvidas ... permitir que os docentes avaliados possam ter avaliadores da sua área de ensino e não de outros como acontecia até agora... quem vai fazer esta avaliação quando não há titulares?... permitir uma diminuição da carga de trabalho dos professores, sobretudo no tempo necessário para o «preenchimento de fichas de registo de avaliação»... basicamente, isto não diz nada... é bla, bla, bla... seguinte... os resultados escolares dos alunos deixarão de constituir um parâmetro da avaliação dos professores, por se ter constatado que este critério «revelou dificuldades técnicas e de aplicação»... pois, já lhe ouvi chamar muita coisa, dificuldades técnicas, my ass, mais bla, bla, bla..., next... redução do número de aulas assistidas de três para duas, que, ainda assim, só se realizarão por solicitação dos docentes, apesar de serem imprescindíveis para a obtenção das classificações máximas... já se está mesmo a ver o que isto quer dizer...
A luta continua...

Reunião Geral

Enquanto um bando de energúmenos estava reunido (e ainda está reunido) no chamado “Conselho de Ministros” decorria na “minha” Escola/Agrupamento uma Reunião Geral Professores e Educadores. Recusámos este modelo de avaliação e tomámos uma posição (de não entrega) relativamente à definição de objectivos, nomeadamente na (ilegal) aplicação informática da DGRHE.
Batemos palmas, ovacionámos... emocionei-me com tanta unanimidade...
Aguardemos a posição dos energúmenos...

Amanhã vai ser outro dia!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Abismo - Fernando Alves (TSF)

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1041730

"... outro abismo que ela (Ministra) cava, entre ela a nós todos..."
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Manuel Alegre - revista de opinião socialista

(...)
Confesso que me chocou profundamente a inflexibilidade da Ministra e o modo como se referiu à manifestação, por ela considerada como forma de intimidação ou chantagem, numa linguagem imprópria de um titular da pasta da educação e incompatível com uma cultura democrática.
Confesso ainda que, tendo nascido em 1936 e tendo passado a vida a lutar pela liberdade de expressão e contra o medo, estou farto de pulsões e tiques autoritários, assim como de aqueles que não têm dúvidas, nunca se enganam, e pensam que podem tudo contra todos.
O Governo redefiniu a reforma da educação como uma prioridade estratégica. Mas como reformar a educação, sem ou contra os professores? Em meu entender, não é possível passar do laxismo anterior a um excesso de burocracia conjugada com facilitismo. Governar para as estatísticas não é reformar. A falta da exigência da Escola Pública põe em causa a igualdade de oportunidades. Por outro lado, tudo se discute menos o essencial: os programas e os conteúdos do ensino. A Escola Pública e as Universidades têm de formar cidadãos e não apenas quadros para as necessidades empresariais. No momento em que começa a assistir-se no mundo a uma mudança de paradigma, esta é a questão essencial. É preciso apostar na qualificação como um recurso estratégico na economia do conhecimento, através da aquisição de níveis de preparação e competências alargados e diversificados. Não é possível avançar na democratização e na qualificação do sistema escolar se não se valorizar a Escola Pública, o enraizamento local de cada escola, a participação de todos os interessados na sua administração, a autonomia e responsabilidade de cada escola na aplicação do currículo nacional, a educação dos adultos, a autonomia das universidades e politécnicos.
Não aceito a tentativa de secundarizar e diminuir o papel do Estado no desenvolvimento educacional do nosso país. Sou a favor da gestão democrática das escolas, com participação dos professores, dos estudantes, dos pais, das autarquias. Defendo um forte financiamento público e um razoável valor de propinas, no ensino superior, acompanhado de apoio social correctivo sempre que necessário. E sou a favor do aumento da escolaridade obrigatória para doze anos. Devem ser criadas condições universais de acesso à escolaridade obrigatória, nomeadamente através de transporte público gratuito e fornecimento de alimentação. O abandono escolar precoce deve ser combatido nas suas causas sociais, culturais e materiais.
Não se pode reformar a educação tapando os ouvidos aos protestos e às críticas. É preciso saber ouvir e dialogar. É preciso perceber que, mesmo que se tenha uma parte da razão, não é possível ter a razão toda contra tudo e contra todos. Tal não é possível em Democracia.
Manuel Alegre
Texto integral em http://www.opiniaosocialista.org/u_numero.htm
Notícia na TSF: http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1042539

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Teachers: Portuguese government must do better

Portugal’s teachers have descended on Lisbon en masse. More than 100,000 staff from all over the country gathered for a rally in the centre of the Portuguese capital.
They are furious at the socialist government’s education policies in general, and a new method of assessing teachers’ performance in particular – introduced for the first time this year.
Although they do not question the need for evaluation, they argue that the system as it stands is too bureaucratic, and difficult to operate fairly. But that is not the only issue which sparked such a huge turnout.
They are also unhappy with their work timetable, the way jobs are distributed, and the status of teachers in Portugal.

http://www.euronews.net/en/article/08/11/2008/teachers-portuguese-government-must-do-better/

O Novembro dos Professores



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Avaliação de que a escola precisa mesmo

A manifestação foi ainda maior do que a anterior, que já tinha sido gigantesca.A pergunta, inteiramente legítima, à luz das declarações da ministra nos telejornais, é muito simples: quantos mais terão que ser para que a senhora oiça? Ou ouça, que dos dois modos se pode dizer e escrever.

Cheguei a casa emocionado e comovido
Aquele mar de professores está obviamente mais do que farto. Suspeito que o estão por todas as pequenas razões de um quotidiano frustrante, e que por isso se podem resumir numa curta frase: ser professor assim, não dá. Quando mais de dois terços de uma classe sai à rua, é porque, apesar do desencanto, ainda transporta dentro de si a energia da dignidade. Não é preciso ser-se professor, psicólogo ou ministro para o entender. Mas existe uma professora que é ministra e que nada entende de gente, que não percebe. Continua a não perceber.


Em casa, a comoção transformou-se em espanto quando ouvi Maria de Lurdes Rodrigues
Consigo compreender que, intimamente, ela esteja convicta da justeza do sistema de avaliação. Consigo, porque quem lida com gente tem a obrigação de saber ouvir nas palavras do outro, o que na realidade o motiva. Mas é precisamente aí que Maria de Lurdes Rodrigues é um caso perdido. Ela tem da escola, da avaliação e do próprio conflito uma visão intrinsecamente administrativa. Todo o seu discurso é orgânico, robotizado: a avaliação começou a ser negociada no verão de 2006, foi validada por um conselho científico, se não funciona na perfeição, a responsabilidade é das escolas - "está nas suas mãos tornar as coisas mais simples" - e tem de continuar porque não há outro modelo disponível. Então está tudo bem, pergunta o jornalista. Que quase que sim e que está a ser melhorada todos os dias e que o pode continuar a ser nos próximos, desde que se concretize.
Há, nesta cultura administrativa de poder, uma cegueira que raia o autismo
Para a ministra, todas as escolas estão a avaliar, não tem notícia de que alguma a tenha suspendido. Então e a manifestação, sempre são 120 mil, não é?, insiste o jornalista. Pois que sim que são, mas que há nela uma chantagem sobre os professores que querem fazer o seu trabalho. Ouve-se e é difícil de acreditar. Se os que estão na rua são professores, onde é que estarão os outros? "Chantagem", quando dois terços de uma classe sai à rua? Porque não faz sentido, é preciso procurá-lo.


Diz-me a experiência que posso ter a melhor ideia do mundo, mas que ela me é inútil se quem tem que a concretizar não concorda
Com Maria de Lurdes Rodrigues é diferente. Ela tem um mundo único, exclusivo e intransmissível. Nele, o que leva os professores a saírem à rua é "o medo ante a mudança". Tenho inveja desse mundo, confesso. No meu, que é normal e feito de pessoas comuns, o medo costuma fechar as pessoas em casa. No mundo da ministra, a manifestação foi uma cabala urdida pelos partidos da oposição. Renovo a minha inveja. Naquele em que vivo habituei-me, pelo contrário, a uma enorme desconfiança dos movimentos genuínos face aos partidos. Sei, por experiência própria, que é preciso uma classe estar rigorosamente nos limites da exasperação, para pedir ajuda aos políticos que reconheça comprometidos com a sua luta. Pois foi isso que aconteceu desta vez. Centenas, senão milhares de professores nos pediram - "Não nos deixem cair", "não nos abandonem", "ajudem-nos".

Não, não foram os partidos que manipularam os sentimentos dos professores; foram estes que exigiram da política o compromisso que não encontraram no seu ministério.

Estive nas duas manifestações
Porque politicamente estou solidário com esta luta, mas também porque sou pai de dois filhos que estudam na escola pública. Quero que eles gostem das escolas que frequentam. Quero que aprendam, que estudem e que tenham aproveitamento. Sei que têm professores melhores e piores, como estes sabem que têm alunos mais interessantes e interessados e outros nem tanto. É assim a vida, feita de encantos e desgostos. Gosto dela porque é assim, imperfeita e por isso aperfeiçoável. Do que não gosto é de uma escola que, frustrando os professores, não se pode encontrar com os alunos, que são a sua razão de ser. Uma escola de professores desesperados e angustiados é uma escola que morre dentro de muros. É por isso que a ministra até podia ter a melhor avaliação deste mundo, mas não servir. A avaliação que urge não é a dos professores, mas a de um ministério e de uma ministra que têm sido incapazes de perceber o mal que estão a fazer às próprias escolas. Não preciso de muita papelada nem de conselhos científicos para concluir que o problema mora em cima.
Miguel Portas

08-11-2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Poema Pouco Original do Medo

Depois de 4 horas e 30 minutos de reunião de Conselho Pedagógico e por sugestão de uma colegas aqui vai:

Poema Pouco Original do Medo

O medo vai ter tudo
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém o veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no teto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos

O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
ótimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projetos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles

Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados

Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)

O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos

Sim
a ratos

Alexandre O’Neil

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

domingo, 26 de outubro de 2008

Ministra versão DEUTSCH

Minha querida língua alemã! Sempre associada aos abusos de poder (to say the least)... Mas também reconheço humor na montagem.
Alle mal schön lachen :-)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Os Ombros Suportam o Mundo

Por sugestão do PP... como sempre, um timing muito oportuno...

Os Ombros Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Carlos Drummond de Andrade (1940)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O novo modelo de avaliação é uma das razões dos pedidos de reforma antecipada (SIC)



Este ano já se reformaram 4.531 docentes. Há cada vez mais professores a pedir reforma, muitos antecipadamente. No total, só este ano, já se reformaram 4.531 docentes, uma média de mais de 400 por mês.

É um indicador do descontentamento da classe. O número de pedidos que deu entrada para o próximo mês bateu todos os recordes. São 710 docentes que vão entrar na reforma no dia 1 de Novembro.

No ano passado, nos meses de Outubro e Novembro, 272 professores e educadores de infância deixaram o ensino. Este ano, nos mesmos dois meses, o número quadruplicou. Mil e trinta e dois professores foram para a reforma.

Os pedidos de reforma antecipada, mesmo com a consequente penalização, não param de aumentar. Há quem prefira ir para casa com menos dinheiro, a continuar na escola. Em alguns casos, as penalizações atingem os 20%.

O novo modelo de avaliação dos professores é apontado como uma das razões. A insatisfação, aliada às regras da aposentação, está a criar problemas em algumas áreas que perderam em pouco tempo os docentes com mais experiência.

Estes números estão a ter impacto em algumas escolas. Por exemplo, na escola secundária Infanta Dona Maria, em Coimbra, seis professores já se reformaram e catorze meteram os papéis.

O Departamento de História já não tem nenhum professor do quadro. Um problema tanto maior numa escola pública que tem figurado nos primeiros lugares da classificação nos últimos anos.


http://sic.aeiou.pt/online/noticias/pais/Este+ano+j+se+reformaram+docentes.htm

domingo, 5 de outubro de 2008

Berlin

Ich bin keine Berlinerin... war aber trotzdem in Berlin!
Está cada vez mais bela esta capital... a pois é, o que se vê lá trás é o mesmo o Brandenburger Tor com a Quadriga virada para nós (em 04.10.2008)!

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

RANKINGS E XANAX

Esta semana evite a companhia de professores. Falar com qualquer um deles pode deixá-lo em mau estado. Vivem, nos dias que correm, em depressão colectiva. A sucessão de reformas, contra-reformas e contra-contra-reformas, a destruição do que se foi fazendo de bom - do ensino especial ao ensino artístico -, a incompetência desta equipa ministerial e o linchamento público de uma classe inteira tem os resultados à vista: as aulas recomeçam com professores tão motivados como um vegetariano perante um bife na pedra.
Sabem que os espera apenas uma novidade: a avaliação do seu desempenho. E é, ao que parece, tudo o que interessa a toda a gente: a avaliação dos professores, a avaliação dos alunos, a avaliação das escolas, a avaliação do sistema educativo português.
Tenho uma coisa um pouco fora do comum para dizer sobre o assunto: a escola serve para ensinar e aprender. Se isto falha, os exames, as avaliações e os "rankings" são irrelevantes. Talvez não fosse má ideia, enquanto se avaliam os professores, dar-lhes tempo para eles fazerem aquilo para que lhes pagamos em vez de os soterrar em burocracia. Enquanto se exigem mais e mais exames, garantir que os miúdos aprendem com algum gosto qualquer coisa entre cada um deles.
Enquanto se fazem "rankings", conseguir que a escola seja um lugar de onde não se quer fugir. E enquanto se culpam os professores pelo atraso cultural do país, perder um segundo a ouvir o que eles têm para dizer. Agora que já os deixámos agarrados ao Xanax, acham que é possível gastar algumas energias a dar-lhes razões para gostarem do que fazem? Se não for por melhor razão, só para desanuviar o ambiente nos edifícios onde os nossos filhos passam uma boa parte do dia.

Daniel Oliveira
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/403360

terça-feira, 16 de setembro de 2008

funny stuff

Vá lá... estamos a precisar de animação...

If you agree with at least ten of the following, you are a real teacher. 1.You believe the staff room should be equipped with a Valium salt lick. 2.You find humor in other people's stupidity. 3.You want to slap the next person who says, "Must be nice to work 8 to 3 and have summers free." 4.You believe chocolate is a food group. 5.You can tell it's a full moon without ever looking outside. 6.You believe "shallow gene pool" should have its own box on the report card. 7.You believe that unspeakable evil will befall you if anyone says, "Boy, the kids are sure mellow today." 8.When out in public, you feel the urge to snap your fingers at a child. 9.You have no time for a life from August through June. 10.Putting all "A's" on a report card would make your life SO much easier. 11.When you mention vegetables, you are not talking about food. 12.You think people should be required to get a government permit before being allowed to reproduce. 13.You believe in the aerial spraying of Prozac. 14.You encourage a parent to check into home schooling. 15.You believe no one should be permitted to reproduce without having taught in a middle school for a least five years. 16.You can't have children because there isn't any name you can hear that wouldn't elevate your blood pressure. 17.You can "sense" gum. 18.You think caffeine should be available to staff in IV form. 19.Meeting a child's parents instantly answers the question, "Why is this kid like that?"
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domingo, 14 de setembro de 2008

Caloirada 2008

Já está disponível a consulta das candidaturas ao ensino superior.
Parabéns aos colocados:

http://www.dges.mctes.pt/coloc/2008/

Boa sorte para os candidatos à 2ª fase. Não se esqueçam que começa amanhã (e durante toda a semana)!

Avaliação 2008/2009

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Reentré (2008/2009)

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa

domingo, 27 de julho de 2008

CNO Penacova

Cá está o projecto que vou coordenar nos próximos tempos...
Wish me luck!/Wünsch mir Glück!

(clique)

domingo, 20 de julho de 2008

KEEP MOVING FORWARD

We keep moving forward, opening new doors, and doing new things, because we're curious and curiosity keeps leading us down new paths.
Walt Disney

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Fim do ciclo "Deutsch"

As "Deutschstunden" já acabaram, foram quase 200 este ano lectivo, a juntar a outras tantas do ano passado... tão cedo não lecciono o meu querido "Alemão"...
@s minhas alunas/meus alunos (em número igual) não se importam que aqui coloque o trabalho de dois anos. Tanto elas/eles como eu sabem que o exame podia ter corrido melhor... era fácil e até tivemos Xavier Naidoo como tema de algumas aulas... paciência...

http://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=205&fileName=Alem501_P1_08.pdf





Seja como for, estão de PARABÉNS, dominam, em nível elementar, uma língua (considerada) difícil, em fase de desaparecimento do nosso ensino. Sejam bem-vind@s à "elite" de falantes de alemão!


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Regras a observar no concurso para a eleição dos directores das escolas

Regras a observar no concurso para a eleição dos directores das escolas

As regras a observar no procedimento concursal anterior à eleição dos directores dos agrupamentos ou das escolas são definidas numa portaria publicada no Diário da República, tendo em conta o novo regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos de ensino.

Tempos de mudança...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

OCDE publica relatório sobre Portugal

OCDE publica relatório sobre Portugal

A Organização para a Cooperação e para o Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou o "Economic Survey" de 2008, neste ano centrado no tema da globalização, onde avalia a situação económica de Portugal em várias áreas e faz as respectivas recomendações.
(...)
O documento refere a importância da iniciativa Novas Oportunidades, nomeadamente no que respeita ao desenvolvimento da rede de centros, à diversificação da oferta de cursos (especialmente de cursos de dupla certificação) para jovens estudantes, e ao reconhecimento, à validação e à certificação de competências de adultos.
Os resultados obtidos através desta iniciativa são valorizados, designadamente o aumento da procura de cursos profissionalizantes por parte dos alunos do ensino secundário, assim como a expansão da rede de Centros Novas Oportunidades e o aumento do número de adultos abrangidos por esta iniciativa.
(...)
Para mais informações, consultar a página da OCDE .

Como Coordenadora de um CNO, só estou a fazer o meu papel...

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Calendário Escolar 2008/2009

Para quem gosta de planificar com tempo...

Calendário escolar para o ano lectivo 2008/2009

O calendário escolar para o próximo ano lectivo determina que as aulas para os estabelecimentos de ensino pré-escolar, básico e secundário tenham início entre os dias 10 e 15 de Setembro de 2008.

terça-feira, 17 de junho de 2008

terça-feira, 3 de junho de 2008

O Ranço Salazarista

Deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d’alma: são, também, dores físicas.

Lemos os jornais e não acreditamos. Lemos, é como quem diz – os que lêem. As televisões são a vergonha do pensamento. Os comentadores tocam pela mesma pauta e sopram a mesma música. Há longos anos que a análise dos nossos problemas está entregue a pessoas que não suscitam inquietação em quem os ouve. Uma anestesia geral parece ter sido adicionada ao corpo da nação.

Um amigo meu, professor em Lille, envia-me um email. Há muitos anos, deixou Portugal. Esteve, agora, por aqui. Lança-me um apelo veemente e dorido: “Que se passa com a nossa terra? Parece um país morto. A garra portuguesa foi aparada ou cortada por uma clique, espalhada por todos os sectores da vida nacional e que de tudo tomou conta. Indignem-se em massa, como dizia o Soares.”

Nunca é de mais repetir o drama que se abateu sobre a maioria. Enquanto dois milhões de miúdos vivem na miséria, os bancos obtiveram lucros de 7,9 milhões por dia. Há qualquer coisa de podre e de inquietantemente injusto nestes números. Dir-se-á que não há relação de causa e efeito. Há, claro que há. Qualquer economista sério encontrará associações entre os abismos da pobreza e da fome e os cumes ostensivos das riquezas adquiridas muitas vezes não se sabe como.

Prepara-se (preparam os “socialistas modernos” de Sócrates) a privatização de quase tudo, especialmente da saúde, o mais rendível. E o primeiro-ministro, naquela despudorada “entrevista” à SIC, declama que está a defender o SNS! O desemprego atinge picos elevadíssimos. Sócrates diz exactamente o contrário. A mentira constitui, hoje, um desporto particularmente requintado. É impossível ver qualquer membro deste Governo sem ser assaltado por uma repugnância visceral. O carácter desta gente é inexistente. Nenhum deles vai aos jornais, às Televisões e às Rádios falar verdade, contar a evidência. E a evidência é a fome, a miséria, a tristeza do nosso amargo viver; os nossos velhos a morrer nos jardins, com reformas de não chegam para comer quanto mais para adquirir remédios; os nossos jovens a tentar a sorte no estrangeiro, ou a desafiar a morte nas drogas; a iliteracia, a ignorância, o túnel negro sem fim.

Diz-se que, nas próximas eleições, este agrupamento voltará a ganhar. Diz-se que a alternativa é pior. Diz-se que estamos desgraçados. Diz um general que recebe pressões constantes para encabeçar um movimento de indignação. Diz-se que, um dia destes, rebenta uma explosão social com imprevisíveis consequências. Diz a SEDES, com alguns anos de atraso, como, aliás, é seu timbre, que a crise é muito má. Diz-se, diz-se.

Bem gostaríamos de saber o que dizem Mário Soares, António Arnaut, Manuel Alegre, Ana Gomes, Ferro Rodrigues (não sei quem mais, porque socialistas, socialistas, poucos há) acerca deste descalabro. Não é só dizer: é fazer, é agir. O facto, meramente circunstancial, de este PS ter conquistado a maioria absoluta não legitima as atrocidades governamentais, que sobem em escalada. O paliativo da substituição do sinistro Correia de Campos pela dr.ª Ana Jorge não passa de isso mesmo: paliativo. Apenas para toldar os olhos de quem ainda deseja ver, porque há outros que não vêem porque não querem.

A aceitação acrítica das decisões governamentais está coligada com a cumplicidade. Quando Vieira da Silva expõe um ar compungido, perante os relatórios internacionais sobre a miséria portuguesa, alguém lhe devia dizer para ter vergonha. Não se resolve este magno problema com a distribuição de umas migalhas, que possuem sempre o aspecto da caridadezinha fascista. Um socialista a sério jamais procedia daquele modo. E há soluções adequadas. O acréscimo do desemprego está na base deste atroz retrocesso.

Vivemos num país que já nada tem a ver com o País de Abril. Aliás, penso, seriamente, que pouco tem a ver com a democracia. O quero, posso e mando de José Sócrates, o estilo hirto e autoritário, moldado em Cavaco, significa que nem tudo foi extirpado do que de pior existe nos políticos portugueses. Há um ranço salazarista nesta gente. E, com a passagem dos dias, cada vez mais se me acentua a ideia de que a saída só reside na cultura da revolta.

Baptista Bastos
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=312454#

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Meu BLOG faz um ano! I'm so proud!

Read, every day, something no one else is reading.
Think, every day, something no one else is thinking.
Do, every day, something no one else would be silly enough to do.
It is bad for the mind to be always part of unanimity.
Christopher Moreley

quarta-feira, 30 de abril de 2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

Novo regime de autonomia, administração e gestão das escolas

Novo regime de autonomia, administração e gestão das escolas

22 de Abr de 2008 /// O decreto-lei que regulamenta o regime de autonomia, administração e gestão das escolas, publicado hoje no Diário da República, visa reforçar a participação das famílias e das comunidades na direcção estratégica dos estabelecimentos de ensino, favorecer a constituição de lideranças fortes e reforçar a autonomia das escolas.

Para mais informações, consultar o decreto-lei publicado no Diário da República.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

domingo, 13 de abril de 2008

Palavras sábias...

Gostei deste artigo tal como gostei de ouvir este senhor ontem na SIC Notícias depois do fantástico e falacioso (des)acordo entre ME e a Plataforma Sindical. Enfim, é o que acontece quando se sentam à mesma mesa um monte de gente que não põe os pés numa sala de aula...



Para mais pormenor:

ME e Plataforma Sindical de Professores definiram um Memorando de Entendimento

12 de Abr de 2008 /// O Ministério da Educação (ME) manifesta a sua satisfação pelo Memorando de Entendimento a que chegou hoje com a Plataforma Sindical.

domingo, 30 de março de 2008

Percebes... Understands?

Na véspera do arranque do 3º período não há nada como treinar o meu inglês para as aulas que se aproximam... só espero que os nossos meninos da turma CEF ficam a saber um pouco mais do que o básico “understands”?
Bem-hajas, Margarida.


terça-feira, 18 de março de 2008

Reflexões...

O PP envia-me destas "pérolas" e numa altura destas nada pode/deve ser desperdiçado...

“Faça-o aprender que nem todos os Homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas, por favor, diga-lhe que por cada vilão há um herói, que por cada egoísta há também um lider dedicado, ensine-lhe que por cada inimigo haverá também um amigo.

Levará tempo, eu sei, mas ensine-lhe que uma moeda ganha valerá muito mais do que cinco moedas encontradas, ensine-o a perder, mas também a saber gozar a vitória, guiando-o para longe da inveja. Ensine-o o segredo do riso silencioso… faça-o maravilhar-se com os livros, mas dê-lhe também tempo para perder-se com o eterno mistério dos pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

Ensine-o que na Escola, tal como na vida, é de longe mais honrado falhar tentando do que conseguir enganando. Ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. (…) Ensine-o a ser gentil com as pessoas gentis e assertivo com os de moral enviesada.

Tente dar-lhe forças para não seguir a multidão quando esta segue cegamente uma ideia. Ensine-o a ouvir todos mas ensine-o também a filtrar tudo o que ouve através da peneira da verdade e apenas aceitar o que de sincero passa.

Ensine-o, se conseguir, a sorrir na tristeza, mas também ensine-o que não há vergonha nas lágrimas. Ensine-o a ignorar os cínicos e estar atento a amabilidade excessiva. Ensine-o a vender o seu saber à melhor oferta, mas ensine-o também a nunca vender o seu coração e alma.

Ensine-o a fechar os ouvidos à multidão ululante e a manter-se firme nas suas convicções mais puras. Trate-o de forma gentil, mas não o mime, pois só o verdadeiro fogo ajuda a fazer o aço mais duro.

Deixe-o ter a coragem para ser impaciente e a paciência para ser corajoso. Ensine-o a ter sempre a sublime fé na humanidade.“


quarta-feira, 12 de março de 2008

Nuno Crato é um dos premiados do European Science Awards

O matemático e divulgador científico Nuno Crato foi hoje distinguido com um dos European Science Awards na área da comunicação da ciência, atribuídos pela Comissão Europeia, em Bruxelas. (...)
É a primeira vez que um português é distinguido neste galardão, criado em 2004 (então chamado Prémio Descartes para a Comunicação da Ciência), edição em que venceu o famoso naturalista e apresentador britânico de documentários David Attenborough. (...)
Na descrição do estilo adoptado na divulgação científica, o júri chamou-lhe a “abordagem Crato”, com uma “escrita fácil de ler, mas informativa e cientificamente sólida”.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322359&idCanal=13

Grupo decisivo...

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sexta-feira, 7 de março de 2008

PSP recolhe dados junto das escolas

Polícia quer saber quantos professores vão participar na manifestação de sábado

Dois agentes da PSP de Ourém foram esta quinta-feira a duas escolas de Ourém para saber quantos professores vão participar na manifestação de sábado, em Lisboa. Situação criticada pelos sindicatos, mas que o Governo Civil de Santarém disse ter partido da Direcção Nacional da PSP, que a confirmou em comunicado, explicando os objectivos.

A Direcção Nacional da PSP garantiu que a "recolha de dados" junto das escolas, a propósito da manifestação de professores de sábado em Lisboa, visava "somente" facilitar a circulação de pessoas e viaturas.

"Tendo em conta a realização da manifestação de professores e educadores a ter lugar em Lisboa, dia 8 de Março, e dada a necessidade de garantir a segurança das pessoas, o fluxo de trânsito, bem como garantir que o direito de manifestação decorresse de harmonia com o constitucionalmente estabelecido, foi solicitado a todos os Comandos da PSP para que obtivessem dados relacionados com o número estimado de pessoas a deslocar-se à cidade de Lisboa, o número de autocarros envolvidos no seu transporte e horários previstos de chegada", refere o comunicado da PSP.

Liberdade de circulação de pessoas e viaturas

A recolha de dados destinava-se apenas e somente a garantir a segurança dos manifestantes e, na medida do possível, facilitar a liberdade de circulação de pessoas e viaturas nas artérias da concentração e durante o desfile da manifestação", acrescenta a Direcção Nacional da PSP.

"Eles (os dois agentes) apresentaram-se na escola para saber qual era a previsão de pessoas que iriam à manifestação nacional", disse uma fonte do Conselho Executivo da Escola Secundária de Ourém.

Agentes à civil fazem recolha de dados
"Fiquei bastante surpresa, mas os agentes (que se apresentaram à civil) alegaram que tinham ordens superiores e que tinha a ver com a concentração de trânsito em Lisboa",
acrescentou a mesma fonte.

Fonte da Escola Básica 2,3 D. Afonso IV também confirmou a presença dos agentes à paisana, afirmando que estes quiseram saber os "valores percentuais" de professores que iriam à manifestação.

Publicação: 06-03-2008 23:36 - Última actualização: 07-03-2008 08:47 (SIC online)

http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/080306_pspescolasmanif.htm

quinta-feira, 6 de março de 2008

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Avaliação do desempenho

A Sr.ª Ministra e outros tantos ilustres devaneiam neste momento pela TV...
... já não tenho paciência para tanta demagogia...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Comunicado do Conselho de Ministros de 21 de Fevereiro de 2008

O Conselho de Ministros, reunido hoje na Presidência do Conselho de Ministros, aprovou os seguintes diplomas:
1. Decreto-Lei que aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário
Este Decreto-Lei vem, na sequência das propostas sobre gestão e administração escolar apresentadas pelo Primeiro-Ministro na Assembleia da República, aprovar o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, tendo como objectivos (i) reforçar a participação das famílias e comunidades na direcção estratégica dos estabelecimentos de ensino; (ii) favorecer a constituição de lideranças mais eficazes; e (iii) reforçar a autonomia das escolas.
(...)

2. Decreto-Lei que, no uso da autorização legislativa, constante das alíneas a) a e) do n.º 1 do artigo 22.º da Lei do Orçamento do Estado, aprovado pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro, desenvolve o quadro de transferência de competências para os municípios em matéria de educação, de acordo com o previsto no artigo 19.º da Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro
Este Decreto-Lei, aprovado na generalidade, procede a uma efectiva descentralização de competências para os municípios na área da educação, resultando de um consenso negocial entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e que na sequência do processo desencadeado pelo Governo, em Dezembro de 2006, em que foi apresentada à ANMP uma proposta concreta de concretização de um processo de descentralização de competências.

http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Conselho_de_Ministros/Comunicados_e_Conferencias_de_Imprensa/20080221.htm

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Tribunal aceita acção para travar avaliação docente (JN)

O Tribunal Administrativo de Lisboa admitiu "liminarmente" a providência cautelar, com efeitos suspensivos, interposta pelo Sindicato Independente e Democrático dos Professores (Sindep), que apontava irregularidades cometidas pelo Ministério da Educação no âmbito da avaliação dos professores. A tutela tem 10 dias para contestar a decisão, que poderá mesmo congelar todo o processo.
(artigo completo)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mais uma pérola...

Composição e modo de funcionamento do conselho científico para a avaliação de professores
6 de Fev de 2008
O decreto regulamentar que define a composição e o modo de funcionamento do conselho científico para a avaliação de professores (CCAP) foi publicado no Diário da República.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"Yes We Can" - Black Eyed Peas / Barack Obama



MAIS MÚSICA DESTA, VOTO POR
Sou do tempo em que os carros americanos se chamavam Studebaker, Nash e Packard. Mas quando comecei a andar pelas auto-estradas americanas, em 1990, já se juntavam saudosistas nas estações de serviço ao aparecer uma dessas marcas. Os Toyotas, apesar do patriotismo, já convenciam até os produtores de batatas do Idaho. Definhando a General Motors, uma única América olhava de cima o resto do mundo: a dos espectáculos. E continua. Vejam o vídeo de apoio a Obama pelo grupo de hip hop Black Eyed Peas (já está no YouTube). Obama fala e, sobre o seu discurso, numa montagem extraordinária, vários artistas (a bela Scarlett , o cantor John Legend...) cantam a litania: "Sim, nós podemos." Não sei o que vai dar a votação de hoje. Mas que estas primárias já deram uma obra- -prima, deram. Vão dizer-me: políticos a darem-nos música é o que mais há. Desta qualidade, não. A mim impressionou-me. Mas, também é verdade, ando carente de políticos preocupados com a estética.
Ferreira Fernandes
http://dn.sapo.pt/2008/02/05/opiniao/mais_musica_desta_voto_por.html

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

sábado, 26 de janeiro de 2008

Professores são profissão em que portugueses mais confiam

Os professores são os profissionais em quem os portugueses mais confiam e também aqueles a quem confiariam mais poder no país, segundo uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF).

Os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos.

Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas sete por cento a dizerem que confiam nesta classe.

Relativamente à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32 por cento), os intelectuais (28 por cento) e os dirigentes militares e policiais (21 por cento), surgindo em último lugar, com seis por cento, as estrelas desportivas ou de cinema.

A confiança dos portugueses por profissões não se afasta dos resultados médios para a Europa Ocidental, onde 44 por cento dos inquiridos confiam nos professores, seguindo-se (tal como em Portugal) os líderes militares e policiais, com 26 por cento.

Os advogados, que em Portugal apenas têm a confiança de 14 por cento dos inquiridos, vêm em terceiro lugar na Europa Ocidental, com um quarto dos europeus a darem-lhes a sua confiança, seguindo-se os jornalistas, que são confiáveis para 20 por cento.

Políticos em último também na Europa

Em ultimo lugar na confiança voltam a estar os políticos, com dez por cento. A nível mundial, os professores são igualmente os que merecem maior confiança, de 34 por cento dos inquiridos, seguindo-se os líderes religiosos (27 por cento) e os dirigentes militares e da polícia (18 por cento).

Uma vez mais, os políticos surgem na cauda, com apenas oito por cento dos 61.600 inquiridos pela Gallup, em 60 países, a darem-lhes a sua confiança. Os professores surgem na maioria das regiões como a profissão em que as pessoas mais confiam.

Os docentes apenas perdem o primeiro lugar para os líderes religiosos em África, que têm a confiança de 70 por cento dos inquiridos, bastante acima dos 48 por cento dos professores, e para os responsáveis militares e policiais no Médio Oriente, que reúnem a preferência de 40 por cento, à frente dos líderes religiosos (19 por cento) e professores (18 por cento).

A Europa Ocidental daria mais poder preferencialmente aos intelectuais (30 por cento) e professores (29 por cento), enquanto a nível mundial voltam a predominar os professores (28 por cento) e os intelectuais (25 por cento), seguidos dos líderes religiosos (21 por cento).

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Calendário de Exames 2008

Para mais informações, consultar o despacho n.º 2275/2008 , de 24 de Janeiro.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Novo sistema de avaliação de desempenho de professores

Ei-lo finalmente!...
Para mais informações, consultar o Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro.

Fases do processo de avaliação
O processo de avaliação processa-se de acordo com as seguintes fases, estabelecidas de forma sequencial:
- Preenchimento da ficha de auto-avaliação;
- Preenchimento das fichas de avaliação pelos avaliadores;
- Conferência e validação das propostas de avaliação com a menção qualitativa de Excelente, de Muito Bom ou de Insuficiente, pela comissão de coordenação da avaliação;
- Realização de entrevista individual dos avaliadores com o respectivo avaliado;
- Realização da reunião conjunta dos avaliadores para atribuição da avaliação final.
A diferenciação dos desempenhos é assegurada pela definição de patamares de exigência que se concretizam na fixação de percentagens máximas para a atribuição das classificações de Muito Bom e de Excelente, por agrupamento ou por escola, tendo como referência os resultados obtidos na respectiva avaliação externa.

Auto-promoção

Balanço de 2007: A escola pública está melhor
O Ministério da Educação (ME) faz um balanço positivo da sua acção e dos resultados das suas políticas no ano de 2007.

O Ministério da Educação (ME) faz um balanço positivo da sua acção e dos resultados das suas políticas no ano de 2007.
Isto mesmo foi hoje transmitido pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues às escolas, em missiva que lhes dirigiu, que fez acompanhar do enunciado de uma série de 70 medidas e acções lançadas nos dois últimos anos civis.

Se conseguirem ficar acordados ao fim do 3º slide merecem um prémio!!!
Documento Educação 2006-2007 – 70 medidas de Política para Melhorar a Escola Pública [powerpoint]

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Regresso às aulas (part two)

Este texto tem circulado pelas nossas caixas electrónicas...
Está claro que não é da minha autoria, mas vem a propósito de mais um (confrangedor e angustiante?) “regresso” ao trabalho...


Faço projectos, planos, planificações;
Sou membro de assembleias, conselhos, reuniões;
Escrevo actas, relatórios e relações;
Faço inventários, requerimentos e requisições;
Escrevo actas, faço contactos e comunicações;
Consulto ordens de serviço, circulares, normativos e legislações;
Preencho impressos, grelhas, fichas e observações;
Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos, planificações;
Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e encadernações;
Participo em actividades, eventos, festividades e acções;
Faço balanços, balancetes e tiro conclusões;
Apresento, relato, critico e envolvo-me em auto-avaliações;

Defino estratégias, critérios, objectivos e consecuções;
Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas redacções;
Informo-me, investigo, estudo, frequento formações;
Redijo ordens, participações e autorizações;
Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;
E mais actas, planos, projectos e avaliações;
E reuniões e reuniões e mais reuniões!...

E depois ouço alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores,observadores, secretários de estado, a ministra e, como se não bastasse, outros professores,e a ministra!...

Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;
Assino, rubrico, sumario, sintetizo, informo;
Averiguo, estudo, consulto, concluo,
Coisas curriculares, disciplinares, departamentais,
Educativas, pedagógicas, comportamentais,
De comunidade, de grupo, de turma, individuais,
Particulares, sigilosas, públicas, gerais,
Internas, externas, locais, nacionais,
Anuais, mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?

Que eu dê aulas!?...