Este ano já se reformaram 4.531 docentes. Há cada vez mais professores a pedir reforma, muitos antecipadamente. No total, só este ano, já se reformaram 4.531 docentes, uma média de mais de 400 por mês.
É um indicador do descontentamento da classe. O número de pedidos que deu entrada para o próximo mês bateu todos os recordes. São 710 docentes que vão entrar na reforma no dia 1 de Novembro.
No ano passado, nos meses de Outubro e Novembro, 272 professores e educadores de infância deixaram o ensino. Este ano, nos mesmos dois meses, o número quadruplicou. Mil e trinta e dois professores foram para a reforma.
Os pedidos de reforma antecipada, mesmo com a consequente penalização, não param de aumentar. Há quem prefira ir para casa com menos dinheiro, a continuar na escola. Em alguns casos, as penalizações atingem os 20%.
O novo modelo de avaliação dos professores é apontado como uma das razões. A insatisfação, aliada às regras da aposentação, está a criar problemas em algumas áreas que perderam em pouco tempo os docentes com mais experiência.
Estes números estão a ter impacto em algumas escolas. Por exemplo, na escola secundária Infanta Dona Maria, em Coimbra, seis professores já se reformaram e catorze meteram os papéis.
O Departamento de História já não tem nenhum professor do quadro. Um problema tanto maior numa escola pública que tem figurado nos primeiros lugares da classificação nos últimos anos.
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/pais/Este+ano+j+se+reformaram+docentes.htm
2 comentários:
o ME não aceita , não reconhece, mas o comentário é geral- Não dá para aguentar esta palhaçada burocrática a que querem sugeitar os profs!
Milhares de profissionais, bons e muito bons estão a abandonar a profissão antes do previsto por se sentirem autenticamente mal tratados e desconsiderados . Só vai ficar quem de todo não pode sair. E para esses a escola tornou-se o calvário!!!
Estão assim criadas as condições para atingir o sublime objectivo - melhorar a qualidade do ensino em Potugal!!
Desejo a todos estes professores as maiores felicidades. É pena eu não poder fazer o mesmo. Entre comediante e palhaço cá me hei-de aguentar até à morte breve da nossa escola pública -um dos últimos baluartes da nossa democracia.
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