domingo, 19 de abril de 2009

Santa Clara-a-Velha

À margem de toda a polémica... Visitem!
As fotos são minhas... de hoje!






Arquitectos descontentes com mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra
Os arquitectos responsáveis pelo projecto de valorização do Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha, em Coimbra, não vão estar hoj e presentes na cerimónia de inauguração do monumento. Alexandre Alves Costa confirmou ontem ao PÚBLICO que não vai participar na sessão presidida pelo ministro da Cultura, assim como os arquitectos Luís Urbano e Sérgio Fernandez. Em comunicado enviado à comunicação social, alegam que houve "alterações ao projecto" que foram realizadas sem "aprovação" nem "conhecimento" dos arquitectos.

Afirmam que a atitude é um "protesto" já que se sentem "desconsiderados" por ter sido deturpada a "a natureza e carácter do espaço, quer do novo edifício quer da antiga ruína". Consideram mesmo que o centro de interpretação projectado vai ser ocupado de forma "perversa", sobretudo no que respeita à exposição permanente.

Hoje, para além do mosteiro, vai ser também inaugurado o centro interpretativo, um edifício de mil metros quadrados, com funções museológicas, com um auditório, salas de exposições, uma loja e uma cafetaria, entre outras valências. É neste centro que está a exposição - contestada pelos arquitectos - que vai contar a história do mosteiro e das freiras, através dos materiais recolhidos durante as escavações arqueológicas.

Os visitantes vão ter também à disposição áudio-guias para os ajudar a conhecer e explorar o espaço e está também prevista uma modulação virtual, em três dimensões, para contar ao público as várias fases de construção por que passou o monumento. Porém, a colocação de um monitor no antigo coro das freiras para apresentar a modelação virtual é outro dos aspectos criticados pelos arquitectos.

O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra - mandado construir no século XIII para acolher as freiras clarissas e profundamente ligado à figura da Rainha Santa Isabel - foi alvo de profundas e complexas obras de reabilitação desde 1991, num projecto orçado em 7,5 milhões de euros.

Ao longo dos séculos, o edifício foi constantemente invadido pelas águas do rio Mondego. Por isso, para reabilitar o monumento foi necessária a colaboração de especialistas de diversas áreas que realizaram inúmeras pesquisas arqueológicas e construíram uma estrutura que impede a invasão do rio Mondego.

A cerimónia de inauguração do espaço que está marcada para hoje, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, às 10h30, vai ser presidida pelo ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro.
18.04.2009, Maria João Lopes
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1375063&idCanal=14

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